domingo, 25 de agosto de 2013

[Novel] No. 6 Volume 3 Capítulo 4

No.6 3 

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Capítulo 4: Uma Mentira da Verdade, Uma Verdade da Ficção

As orelhas do rei são orelhas de burro.
Orelhas de burro grandes e peludas.
Movendo, contraindo, as orelhas de burro.
– Mito grego "Orelhas de Burro do 'Rei Midas'" [1]

Nezumi caminhou lentamente ao longo do caminho noturno. Aqui, a noite e as trevas eram sinônimos. Depois que toda luz natural desaparecia, o que restava era um mundo de trevas. Tudo ficava pintado de preto.

Às vezes, um barraco deixava uma fina tira de luz escoar para fora de uma de suas rachaduras, enquanto que apenas mantinha o vento e a chuva no lado de fora. Mas as luzes eram muitas vezes extintas pouco tempo depois, e um frio gélido reinava sobre a noite, perfurando a escuridão, o silêncio, e as roupas das pessoas para atingir os seus corpos quentes embaixo.

Mesmo a fumacinha branca de respiração que escapava de seus lábios desaparecia na escuridão. Ele virou o rosto para o céu. Inúmeras estrelas piscavam no claro céu noturno.

Amanhã de manhã, provavelmente será ainda mais frio do que o habitual. E do lado de fora, mais pessoas irão congelar até a morte. Um destino cruel para encontrar sob um céu estrelado. Mesmo com um céu cheio de estrelas, ninguém chamava essas noites de inverno de lindas ― não neste lugar.

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domingo, 4 de agosto de 2013

[Novel] No. 6 Volume 3 Capítulo 3

no.6 3

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Capítulo 3: Finisterra

Os seres humanos nasceram pelo olho de Ra. Ra foi o criador do céu, da terra, e de todas as coisas. Por ser o Sol, e também o soberano dos deuses, decidiu-se que ele se tornaria o primeiro rei na terra.
- Mito egípcio "O Começo do Céu e da Terra" [1]

 

Estava embaçado. Estava tudo velado em uma névoa, e vago.

Mas eu tenho que acordar...

Safu lutou para abrir os olhos. Ela mordeu o lábio tão forte quanto pôde. Doeu levemente. Ela pôde sentir suas sensações retornando.

Safu percebeu que ela estava presa a uma maca. Uma porta branca se abriu e ela foi levada para dentro. Em sua visão embaçada, ela não pôde decifrar o que tinha lá. Sentiu seu corpo deslizando para o lado.

"Ah, está acordada?" Era voz de um homem. "Não precisa estar, no entanto. Vamos dar-lhe um anestésico, podemos? Então você poderá dormir de novo em paz."

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

[Novel] No. 6 Volume 3 Capítulo 2 (Completo)

no. 6 volume 3

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(Parte A)

Capítulo 2: Cenas de tranquilidade

Sou o desesperado, a palavra sem ecos,
o que perdeu tudo, e o que tudo esvai.
Última amarra, ruído em ti minha ansiedade última.
Em mim gritas deserta e és tua a última rosa.

- Neruda, Vinte Poemas de Amor e uma Canção do Desespero [1]

 

Na Nº 6, pessoas com quarenta anos de idade consistiam a maioria da idade demográfica. Era uma cidade jovem. Devido a isto, a estranha pessoa idosa que passava na rua se destacava ainda mais intensamente.

Eu faria qualquer coisa para evitar o envelhecimento.

Ela estava farta de ver obesos, mulheres de cabelos brancos, nodosas; homens enrugados e similares.

A mulher trabalhava como enfermeira no Hospital Municipal Central, que era gerido diretamente pelos Serviços de Saúde e Higiene. Ela estava atualmente no comando da ala de idosos. Apesar do fato de que ela os abominava, tinha de lidar com os idosos a cada dia.

Por que eles se preocupam em permanecerem vivos?

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